segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sobre transportes públicos colectivos

Aconselho a leitura de uma interessante entrevista a Mário Alves, no Público.
Destaco:
"Então em que é que Portugal está a falhar?

São décadas de falta planeamento estratégico de longo prazo, de definição exacta do que se pretende com o Serviço Público de Transportes. Faltam autarquias regionais que definam estratégias coerentes de transporte e mobilidade a nível metropolitano - a autarquia metropolitana de Madrid tem feito um trabalho notável a este nível. Existe muita navegação à vista e nada articulada entre operadores, com competição entre modos de transporte que deviam trabalhar em complementaridade. Assim como muita falta de coragem política para restringir o uso do automóvel.
"

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Secretário de Estado dos Transportes foi ao Barreiro...

O Secretário de Estado dos Transportes foi ao Barreiro e parece que a TTT foi tema de conversa. Encontrei um conjunto de notícias no Blog LisboaLisboa.

Como quase em todos os textos, misturam-se as várias componentes da TTT.

domingo, 13 de junho de 2010

Desenvolvimento...

Dou comigo por vezes a pensar o que é desenvolvimento. A propósito das ditas grandes obras é muito habitual ouvir-se dizer que contribuem para o desenvolvimento de uma região.

Hfrsantos deixou um comentário num post que me deixou novamente a pensar, e por isso lhe agradeço.

Ora vejam lá se isto, que descrevo a seguir, não é desenvolvimento: sair de casa em direcção ao trabalho (e para isso é preciso ter um emprego!) e, no caminho, utilizando um transporte colectivo, ainda conseguir ler umas páginas de um livro, ou tão somente as gordas de um jornal do dia; Ao final do dia conseguir regressar cedo a casa, ou seja, com tempo para estar com a família. Por exemplo, sair de casa a pé e ir até um espaço verde perto de casa e dar uns toques numa bola, com o miúdo mais novo ou até com um vizinho. Ah…e no caminho para casa ainda deu tempo para ler mais umas páginas do tal livro; Ao fim de semana, entre as inevitáveis tarefas domésticas, ter um espaço perto de casa para voltar a passear, praticar desporto, o que apetecer; etc, etc.

Bom…, isto são só alguns exemplos. Em minha opinião, as políticas públicas devem encaminhar a sociedade neste sentido, e não no outro. Qual outro? Aquele em que perdemos 2 horas nos transportes para ir e vir para o emprego (seja no nosso carro ou pendurado num mau transporte colectivo), em que chegamos tarde a casa e sem tempo e paciência para mais nada. Em que, ao fim de semana, para ir passear a algum lado nos apinhamos em mais filas de automóveis…..

Sei que isto demora, que não é de um dia para o outro, mas é preciso caminhar no sentido certo.

Hfrsantos diz-nos que “Lisboa tem de ter um projeto de futuro, uma direcção.” Pois eu proponho um projecto diferente, como já viram. Prefiro sonhar noutra direcção.

Hfrsantos descreve-nos melhor o tal projecto:
“Na Margem Sul nascerão novos projetos imobiliários com vista privilegiada para Lisboa a 10 minutos do centro de Lisboa”

A 10 minutos de Lisboa? Mas como? Já não existem casas suficientes na zona de Alcochete que dizem ser a 10 minutos de Lisboa? Mas, afinal, são a 30 minutos de engarrafamento…da 2ª circular, em Sacavém…faltando mais outros 30 minutos até ao centro de Lisboa. Não é melhor promover a reconversão urbana no centro de Lisboa (e mesmo em zonas não tão centrais) do que construir novo e aumentar a pressão sobre o Estuário do Tejo, uma zona ambientalmente sensível? Não é melhor requalificar algumas frentes Tejo, permitir que as pessoas as usufruam, do que fazer crescer novas frentes? A população residente, incluindo na Área Metropolitana de Lisboa, tem crescido pouco…e Lisboa cidade continua a perder pessoas.

Eu, por mim, prefiro, para além da reconversão, até ocupar algumas zonas ainda com espaços em Lisboa, densificando a cidade, mas deixando espaços de lazer, construindo uma cidade para as pessoas. Claro que algumas das zonas onde passeámos com o Street View do Google podem/devem ser ocupadas com novos usos. Concordo, desde que se aproveitem esses espaços para colmatar algumas das carências de Lisboa, de que são exemplo os espaços de lazer, muitas vezes os pequenos espaços de lazer. E, já agora, deveremos preservar a memória do local, incluindo a memória industrial.

Hfrsantos diz-nos também “Construir-se-ão (na margem Sul) marinas para yates e escolas de yates e hotéis de luxo para passageiros de yates e paquetes de luxo”

Por acaso já reparam que a Marina do Parque das Nações está vazia? Já reparam nos muitos lugares vagos que há na Doca de Sto amaro? Então, para quê pensar em fazer mais? Porque não fazer pequenos hotéis (incluindo de luxo) na zona histórica de Lisboa. Porque não permitir que os turistas que chegam a Sta Apolónia de paquete possam partir para uma volta turística por Lisboa, seja a pé ou de bicicleta. Convenhamos que hoje sair a pé de Sta Apolónia não é muito agradável.

Concordo com hfrsantos quando diz que “Lisboa tem de aproveitar mais o turismo relacionado com o mar”. Sim, claro que sim. Não me esqueço de ver em Barcelona os turistas pagarem (e bem!) por uma volta de 15 minutos no porto de Barcelona. Porque não vejo eu no Tejo os turistas passear? Há alguns, mas poucos. O nosso Tejo, aqui na zona de Lisboa, permite até passeios de natureza, em direcção à reserva natural. O que falta?

O que falta para o rumo que eu gostaria que Lisboa e a sua área metropolitana tomasse? Não sei bem, faltam muitas coisas. Mas de uma coisa tenho a certeza, não falta gastar 500 milhões de euros num tabuleiro rodoviário!

sábado, 5 de junho de 2010

Um passeio por onde querem fazer passar a ponte

A zona oriental (Chelas, Marvila, Beato) é um espaço estranho em Lisboa, que pouca gente conhece, meio esquecido.
Pois é por lá que querem fazer passar a terceira travessia.
O Google permite coisas maravilhosas, como passear por Lisboa sentado ao computador (o que, de modo algum, substitui o prazer de um belo passeio a pé pela cidade!).
Resolvi assim "dar uma volta" pela zona onde querem fazer passar a ponte. Primeiro pela Calçada do Grilo...

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Ou então, por aqui, pela Azinhagada das Salgadas

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E agora pela Rua de Cima de Chelas

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E, já agora, uma fotografia que mostra que de 1969 para agora pouco mudou por aqui...mais uns carros!


Bom passeio!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

As frases que me arrepiam!

Hoje encontrei uma notícia sobre a terceira travessia. Lá pelo meio as seguinte frases arrepiaram-me:

"Houve promessas e expetativas e é intolerável que de um momento para o outro se ponha em causa um plano de desenvolvimento e os investimentos."

"Construir depois a vertente rodoviária ficará muito mais caro"

E pergunto eu - Qual plano de desenvolvimento? Alguém o viu? Alguém me pode enviar esse plano por email? E, já agora, "contruir depois" porquê? Para quê?

Estas frases são de um deputado do PCP. Mas, em minha opinião, podiam ser de um deputado de qualquer partido. A ideia de que a obra, pela obra, resolve questões não é uma característica de nenhum partido, infelizmente.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O TGV fica na margem Sul por causa do Mourinho...

Afinal está explicado porque fica o TGV na margem Sul...a culpa é do Mourinho.
Mesmo quando falamos de muitos milhões, é sempre útil o bom humor.
Aqui fica o Portugalex, da Antena 1.
PORTUGALEX - Humor Antena 1 - Multimédia RTP