quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Obras do TGV condicionam trânsito em Lisboa (hoje!)

Pois é, a TTT avança, faz que avança, não avança...mas as obras do TGV estão no terreno. É o que nos diz o Diário Económico.


"Câmara de Lisboa restringe trânsito por quatro meses na Avenida Marechal Gomes da Costa.
Apesar de não se saber se o TGV vai avançar, as obras no terreno para adaptar a linha do Norte e a linha de Cintura Interna à rede de alta velocidade continuam a bom ritmo. A partir de hoje, os lisboetas vão sentir os efeitos, tendo a Câmara Municipal de Lisboa decidido condicionar o trânsito, por quatro meses, nos dois sentidos da Avenida Marechal Gomes da Costa, entre o viaduto do Xadrez e o cruzamento do Batista Russo.
Também o trânsito na Avenida de Pádua, entre a Rua da Centieira e o Passeio do Báltico, será condicionado, nos dois sentidos e de forma alternada, durante cinco meses. "

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

PROTAML - coloquei a pergunta...

Ontem, dia 11 de Janeiro, estive presente na sessão pública para discussão do Plano Regional do Ordenamento do Território da AML (PROTAML), que decorreu no S. Luiz, em Lisboa.


Pois quando chegou a parte do debate, resolvi colocar a pergunta que aqui tinha deixado em anterior post. Se o PROTAML tem como aposta forte o transporte público, nomeadamente na selecção do investimento público, como se compatibiliza essa aposta com a decisão do Governo em colocar um tabuleiro rodoviário na terceira travessia, gastando pelo menos 500 milhões de euros, ou seja, tudo menos um “já agora”?


A resposta que tive foi dada pelo Eng. Faustino Gomes, um dos responsáveis pela mobilidade no estudo e proposta de PROTAML. No essencial, a resposta foi:
- Não separou nem explicou para a audiência as várias valências da TTT. Quem não esteja dentro do tema, pode até ter ficado baralhado (em minha opinião, claro!).
- Disse que a gestão de tráfego poderia ser feita com portagens com restrições ao estacionamento em Lisboa.
- Falou em reserva de capacidade, para futuro.
Já não tive oportunidade de voltar a perguntar, mas apeteceu-me perguntar o seguinte: então vamos gastar 500 milhões de euros para depois ainda ter de gastar mais a impedir que os carros entrem em Lisboa? Alguém acredita que, com pressão política, seja possível manter portagens realmente desincentivadoras para o automóvel? Reserva de capacidade para futuro por 500 milhões de euros? Eu cá acho caro! Era como se fosse agora investir num Ferrari, não vão eles um dia esgotar-se!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Ando a ler o PROTAML que está em consulta pública...

Ando a ler o Plano Regional de Ordenamento do Território para a Área Metropolitana de Lisboa (PROTAML) que está em consulta pública.

Claro que as questões de mobilidade têm de ter um papel de relevo na discussão. São um dos principais problemas da área metropolitana de Lisboa, com importantes impactes ambientais.
Trago aqui uma passagem (pag. 15 do Sumário Executivo):

"A profunda transformação que se propõe no paradigma do transporte de pessoas e mercadorias, ou seja, uma aposta no transporte público em sítio próprio e em particular no modo ferroviário contrariando o excessivo uso do automóvel privado individual, implica alterações nas prioridades de investimento público (...)"

Parece-me que li bem - alterações nas prioridades de investimento público a favor do transporte colectivo! Mas, então como é possível que se vá gastar 500 milhões de euros com o tabuleiro rodoviário na terceira travessia? Quem me pode responder? Ou então, para que serve o PROTAML?

Em próximo texto transcrevo as diversas propostas que o PROTAML tem para o transporte colectivo, onde se poderiam investir os 500 milhões.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Decisão sobre obras públicas até ao verão

O Diário Económico informa-nos que foi criada uma comissão, lidera pelo Presidente do Tribunal de Contas Guilherme de Oliveira Martins, que vai analisar um conjunto de obras públicas (diz a notícia que são 143 parcerias público-privadas ou concessões). Certamente a TTT estará incluída nas obras a ser analisadas.
Está na altura do GEOTA escrever ao presidente do Tribunal de Contas.
A notícia:

"O Governo e o PSD vão analisar à lupa 143 concessões e parcerias público-privadas (PPP). A reapreciação crítica das grandes obras públicas será levada a cabo pelo grupo de trabalho que será liderado pelo presidente do Tribunal de Contas (TC), Guilherme d'Oliveira Martins, que terá um prazo máximo de seis meses para apresentar os resultados da avaliação do programa de investimentos públicos.

A análise do risco para os contribuintes e quanto é que estes terão de suportar com as PPP e concessões é outro dos objectivos que consta do caderno de encargos do grupo de peritos que agora acompanha o antigo ministro das Finanças. Até ao Verão ficará, assim, a saber-se quais as grandes obras que serão confirmadas ou renegociadas, bem como a recalendarização de investimentos que poderá prever o adiamento ou o cancelamento de alguns daqueles projectos, soube o Diário Económico. "


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Com o fim do ano, um breve balanço


O fim de um ano é sempre um bom pretexto para balanço.

Apetece-me fazer um breve balanço em duas direcções:
- A TTT em si mesmo
- A vida deste blog

Comecemos pela primeira. Confesso que estou baralhado. Se, por um lado, me parece que ninguém acredita que a TTT avance, por causa da crise económica, por outro lado ainda vejo o Governo a insistir. Não tarda nada temos obra no terrno da linha de alta velocidade Lisboa – Madrid e depois a TTT (pelo menos na sua componente ferroviária) torna-se um facto consumado – porque eu não vejo sentido nenhum terminar a linha no Poceirão! Sendo necessária a ferrovia, já ouvi dizer que é necessária a rodovia para ajudar a pagar a ponte….se calhar a parceria público-privada só existe se incluir o tabuleiro rodoviário. E como o dinheiro é coisa escassa nos dias de hoje…Em síntese, parece-me que o perigo de se fazer um tabuleiro rodoviário na TTT ainda está à espreita.

Quanto ao blog – o balanço que faço é negativo. Como expliquei na primeira mensagem do blog, este espaço pretende fomentar a discussão. Ora a discussão foi pouca, com pouca gente a participar. Por isso, digo que o balanço foi negativo. A nós GEOTA, e em especial a mim que fui o principal dinamizador, o blog “obrigou-me” a acompanhar mais de perto o tema, o que é bom.
Como fazer para aumentar a discussão? O que fizemos mal?
Acredito que a maioria das pessoas pensa que a TTT já não vai ser feita, por causa da crise, por isso não perde tempo com este tema. Mas, como já referi, eu não estou convencido disso. E, por outro lado, a discussão acaba por ser mais ampla, por passar pela mobilidade na área metropolitana de Lisboa.
Pela minha parte, vou ser teimoso e continuar a insistir. Vou tentar aumentar a divulgação do blog e desafiar algumas pessoas a escreverem textos. Venham críticas e ideias que quem nos lê, por favor.

Um bom ano!