terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Contributo do GEOTA para o Plano Estratégico dos Transportes

"Conclusão:
O PET tem algumas ideias com as quais concordamos. No entanto, trata-se de um documento com falta de visão integrada e aprofundada, tendo um carácter pouco estratégico.
O GEOTA manifesta-se contra medidas de racionamento dos transportes públicos colectivos, sendo antes a favor de medidas que melhorem a eficiência dos transportes. No entanto, a pouco profundidade do plano não permite justificar medidas como as que têm vindo a ser anunciadas pela comunicação social."
Contributo completo na página do GEOTA.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A carreira 79, nos Olivais

No âmbito da muito badalada reestruturação da rede da Carris, fiquei a saber que a carreira 79 vai ser suprimida. Já há até manifestações contra.


A carreira 79 faz a circulação interna no bairro dos Olivais, passando pelos Olivais Sul, Norte e Encarnação. Passa pelo centro comercial, pelo centro de saúde, pelo cemitério, finanças,  algumas escolas e igrejas.

Vivi e cresci nos Olivais, bairro que, apesar de já lá não viver, continuo a considerar também o meu bairro. Penso que é um dos melhores bairros de Lisboa. No entanto, um dos seus defeitos são os diversos serviços estarem afastados, faltando também  comércio de rua (em especial no Olivais Sul, pensados na lógica do Centro Cívico só concretizado como centro comercial no meio dos anos 90).



Em termos de transportes, o bairro é servido por diversos autocarros que passam em 5 ou 6 sítios (Quinta das Teresinhas, Bombeiros da Encarnação, Cabo Ruivo, Estação do Oriente, etc.) , metropolitano (numa das pontas do bairro) e comboio (na Estação do Oriente). Parece muito, mas não é assim tanto se pensarmos que se trata da maior freguesia de Lisboa. Para além disso, os autocarros existentes não me parecem ter os percursos desenhados para circulação interna, mas sim para fazer ligação a outras zonas da cidade. Por exemplo, do local onde morei para ir ao Centro de Saúde, às Finanças ou ao supermercado teria de apanhar 2 autocarros, se não existisse o 79, podendo demorar uma hora a lá chegar!

A carreira 79 apareceu em 1997

Não tendo nenhum estudo que prove isto, penso que a imagem dos Olivais melhorou muito nos anos 90. Claro que a EXPO 98 em muito contribuiu para isso. Em 1997 vi com satisfação aparecer esta carreira, pareceu-me uma evolução positiva no bairro, algo que colmatava uma necessidade.

Parece que a carreira vai desaparecer por ter poucos clientes. Não conheço os números mas acredito que possa ser verdade. Mas mesmo poucos, não têm direito a deslocar-se? É que ainda por cima vão afectar quem menos tem! Quem não tem carro, muitos dos que ainda vai ao centro de saúde do SNS...

Parece-me que aqui a pergunta é novamente a mesma “Para quê”? Não nos vamos focar em soluções (ou seja, no 79 em si), mas antes no objectivo que queremos satisfazer. Têm ou não têm direito os habitantes dos Olivais a ter uma solução de transporte que lhes permita a deslocação dentro do bairro? Eu acho que sim!

A solução existente pode não ser eficiente, em termos económicos. Muito bem, mas então que se estude outra, talvez uma solução mais flexível. Que tal analisarem um documento do IMTT sobre transportes públicos flexíveis?
Logo ali ao lado há o exemplo do Rodinhas (Moscavide, Portela), funcionará bem? Tenho ideia que sim.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Integração do Metro e comboios em Lisboa


Encontrei este post no blog CidadaniaLx.  Concordo totalmente com a ideia.
Já por várias vezes tinha pensado nisto. Em Paris há, por exemplo, um mapa integrado do metro e do comboio. Por vezes, nem se percebe se estamos no metro ou no comboio! Lembro-me de chegar a ver setas pela rua para ajudar a fazer a ligação entre o comboio e o metro em duas estações próximas.
Descobri a vantagem da linha de cintura em Lisboa quando, já lá vão uns anitos, me queria deslocar da Alameda para os Olivais e havia grandes engarrafamentos por causa da construção do túnel da Av. da República. Chegava a poupar tempo apanhando o comboio no Areeiro até Moscavide e depois o autocarro para os Olivais.
Tanto que há para fazer quase sem gastar um tostão!