Governo vai nomear grupo de trabalho para redefinir rede de transportes das áreas metropolitanas
O Governo vai nomear um grupo de trabalho para redefinir a rede de transportes públicos de Lisboa e do Porto e, posteriormente, atribuir um papel fiscalizador às Autoridades Metropolitanas, disse hoje o secretário de Estado dos Transportes.
Numa conferência sobre gestão de transportes coletivos nas áreas metropolitanas, que decorreu esta tarde em Lisboa, o secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Telecomunicações, Sérgio Monteiro, disse que o Governo pretende "permitir à Autoridade Metropolitana de Transportes [de Lisboa] - AMT - ter poder suficiente para garantir que a política de transportes está focada nos seus utentes".
Questionado pela agência Lusa sobre como pretende o Governo dotar esta entidade de mais poderes, Sérgio Monteiro disse que o Governo "quer criar condições para que a AMT possa ser ela a entidade que faz o desenho de oferta de rede para que nos diversos operadores não haja concorrência, mas que haja complementaridade na oferta".
O secretário de Estado condenou situações "como as que existem agora [em Lisboa], como uma carreira da Carris e uma linha de Metro começarem e acabarem no mesmo ponto e de começarem e acabarem à mesma hora".
Para Sérgio Monteiro, "isto significa desperdício de dinheiro dos contribuintes" e é "preciso evitar este tipo de redundâncias".
Para evitar estas situações, o Governo vai "nomear um grupo de trabalho", publicando o despacho de nomeação no Diário da República "muito em breve".
Este grupo de trabalho "ficará responsável por apresentar uma proposta ao Governo a breve trecho para fazer a racionalização da rede do serviço público de transportes".
Será a partir das conclusões desse trabalho, que o secretário de Estado espera estar terminado "em meados de outubro", que tanto a AMT de Lisboa como a do Porto, acrescentou à Lusa fonte do Gabinete daquele governante, "se encarregarão de fazer a gestão eficiente da nova rede e terão a responsabilidade de fiscalização do cumprimento dos operadores".
Sérgio Monteiro disse ainda à Lusa que "depois de o grupo de trabalho fazer esta reflexão, o objetivo é que a AMT tenha efetivos poderes de fiscalização e de gestão eficiente da rede, do tarifário, de pontos chegada e partida e de horários".
Durante a mesma conferência, os presidentes da Junta Metropolitana de Transportes e da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa, Carlos Carvalho e João Serrano, respetivamente, apelaram à atribuição de mais poderes para as entidades que representam no que foram apoiados pelo secretário de Estado dos Transportes.
"A vontade política é o único fator que até agora faltou [para concretizar mais poderes às AMT]. Haviam palavras que eram ditas, mas que depois não tinham efeito nenhum", considerou.
O secretário de Estado disse que as autoridades participarão "obviamente" no grupo de trabalho.
A sua nomeação será conhecida “brevemente”, adiantou
"
Já vos deixei o Descendente, agora deixo outro comboio
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