sábado, 5 de junho de 2010

Um passeio por onde querem fazer passar a ponte

A zona oriental (Chelas, Marvila, Beato) é um espaço estranho em Lisboa, que pouca gente conhece, meio esquecido.
Pois é por lá que querem fazer passar a terceira travessia.
O Google permite coisas maravilhosas, como passear por Lisboa sentado ao computador (o que, de modo algum, substitui o prazer de um belo passeio a pé pela cidade!).
Resolvi assim "dar uma volta" pela zona onde querem fazer passar a ponte. Primeiro pela Calçada do Grilo...

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Ou então, por aqui, pela Azinhagada das Salgadas

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E agora pela Rua de Cima de Chelas

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E, já agora, uma fotografia que mostra que de 1969 para agora pouco mudou por aqui...mais uns carros!


Bom passeio!

11 comentários:

  1. Já estou a imaginar as vozes que dizem que aquilo está tudo abandonado, precisa mesmo é de uma rodovia com saída directa para uns quantos condomínios...
    Filipa

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  2. Ah pois...de preferência para vender como as belísssimas casas com vista para o Eixo Norte-Sul. Tenho muita dificuldade em comprender algumas escolhas para habitação.

    Que a zona em questão precisa de ser reabilitida, disso não tenho dúvidas. Também penso que lá cabe construção, multifuncional...afinal a cidade deve ser compacta. Mas, deve haver espaços de lazer, cultura, etc. E, é preciso naõ esquecer, estes espaços expectantes devem colmatar a falta de espaços de lazer que há em Lisboa. Ainda ontem estive na Quinta Pedagógica, nos Olivais, e estava cheia!

    Lembrei-me agora da "Mata de Alvalade ao Tejo", o corredor verde defendido pelo GEOTA - saída de perto da Rotunda do Relógio, atravessar para a Bela Vista, continuar para o Vale de Chelas até ao Tejo, com uma ramificação ainda para o Vale Fundão. Espreitem isto no Google.

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  3. De todas as formas a Nova Ponte serve é para valorizar os terrenos da outra margem e fazer crescer importantes projetos imobiliarios na outra margem, dando consistencia e mobilidade a Area Metropolitana de Lisboa.

    Os olhos dos investidores imobiliarios estao postos nao so em Chelas e Beato, mas no Barreiro onde existem antigos projetos imobiliarios, com arranha-ceus de luxo com vista priveligiada para Lisboa, area ribeirinha do Barreiro com vista previligiada para Lisboa e muitos condominios fechados a dois passos de Lisboa e das praias da Costa da Caparica e Troia.

    A Nova Ponte de Lisboa vai ser um sucesso para a reabilitaçao urbana do eixo Chelas-Barreiro com os construtores e investidores a esfregarem as maos de contentes e se os projetos imobiliarios forem bem integrados com a paisagem, existira muito emprego na Construçao, Imobiliaria e numa nova cidade de Lisboa que nascera no Barreiro.

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  4. O problema é que em Portugal já temos construção a mais. Já temos mais casas do que habitantes para elas e precisávamos era de reabilitar aquilo que temos. E isso também dá emprego - com a vantagem de não gastar milhões em rodovias e produção de betão que só servem para aumentar a nossa quota de emissão de CO2 (e quanto mais ela sobe, mais o estado Português paga no comércio de emissões).

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  5. Anonimo também concordo que temos que apostar na reabilitaçao do que esta construido em Lisboa.

    Mas Lisboa tem que ter um projeto de futuro, uma direçao!

    A Nova Ponte de Lisboa integra-se num projeto de mobilidade para a Area Metropolitana de Lisboa que pretende unir Lisboa a Madrid por TGV.

    Aproveitando a Nova Ponte de Lisboa poder-se-a unir as duas margens de Lisboa por transportes publicos rapidos e de confiança.
    Setubal e a Peninsula do Barreiro unir-se-ao a Lisboa, Cascais e Sintra dando consistencia a Area Metropolitana de Lisboa.

    Os comboios de Cascais continuarao ate a Margem Sul pela novo tunel que unira Alcantara a Campolide-Sete Rios-Nova Ponte-Barreiro-Novo Aeroporto.

    A Nova Ponte é necessaria como acesso em transportes publicos ao futuro Aeroporto de Lisboa.

    Na Margem Sul de Lisboa nascerao novos projetos imobiliarios com vista previligiada para Lisboa a 10 minutos do centro de Lisboa.

    A nova zona ribeirinha de Lisboa no Barreiro competira com a zona ribeirinha do Oriente.

    Construir-se-ao Marinas para Yates, escolas de Yates e Hoteis de Luxo para passageiros de Yates e Paquetes de Luxo.

    Lisboa tem que aproveitar mais o turismo relacionado com o Mar, pois o Golf tem muita concorrencia, mas poucas cidades tem o Mar e o clima de Lisboa.

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  6. hfrsantos,

    Concordo com (quase) tudo, desde que a nova ponte seja só para comboios. E uma coisa é certa, a Área Metropolitana de Lisboa não tem rumo nenhum, é a soma de muitas vontades, cada uma a puxar para seu lado. Fazia-nos muita, muita falta um debate sério sobre o que se quer para o território onde vivem três dos dez milhões de portugueses deste país.

    Filipa (a anónima da há pouco)

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  7. Caro hfrsantos,

    Obrigado pela visita e pelos comentários.
    Falta de tempo não me permitiu ainda responder aos seus comentários, mas espero conseguir no fim de semana. Obrigado!

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  8. Do comentário de hfrsantos
    "A Nova Ponte de Lisboa integra-se num projeto de mobilidade para a Area Metropolitana de Lisboa que pretende unir Lisboa a Madrid por TGV."

    Eu diria antes que a TTT tem várias valências, uma delas o TGV. Mas não concordo que o TGV seja um projecto de mobilidade para a AML. Em que medida vai melhorar a mobilidade dos habitantes da AML?

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  9. Pedro, a mobilidade não é só interna. O TGV vao melhorar a mobilidade da AML porque nos vai dar mais uma alternativa (e menos poluente) para a mobilidade internacional.
    Filipa

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  10. Sim, mas resolver problemas de mobilidade internacional que beneficiam poucos quando existe um problema de mobilidade local, que afecta 2 milhões de pessoas ou mais parece uma estratégia completamente errada.

    E nem existe a desculpa do transporte internacional de mercadorias, que só irá funcionar quando existir uma estratégia nacional.

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  11. Filipa,

    Menos poluente? Os comboios só são menos poluentes se andarem cheios...caso contrário, até podem ser bem poluentes. Ora, se o TGV for economicamente pouco interessante, até se vai tornar poluente.

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